Há cerca de 30 anos, lá pelo alvorecer dos anos 80, dizia-se, ainda, que o Brasil era o país do futuro, o que me parece, hoje, deveu-se, em boa parte, ao Sistema Político então vigente.
Por menos exigência que se possa ter, não há como imaginar estar no futuro e, ao olhar em redor, entender que o Brasil não concedia, aos seus habitantes, o que mais se espera de uma Pátria que chegou ao lugar sonhado: o direito ao voto, à opinião, à liberdade.
Enfatizo esse detalhe, por que a maneira de se respirar qualquer “aroma do futuro” permite estar na vigência do exercício do voto e da opção de dizer as verdades sobre o que acontece na vida do país, a qualquer hora.
Na ocasião, no início da Década da Liberdade (anos 80), parece hoje que as alterações foram chegando como se gostaria que viessem, o que valeu, também, para o formato da nova figura da representação etária da população.
A Pirâmide Etária, até hoje assim chamada, lembra bem o porquê do termo Pirâmide.
Uma base mais avantajada, onde situam-se, até hoje, crianças e jovens de até 18 anos, depois um prolongamento bem mais estreito, pirâmide acima, composto pelos não tão jovens assim, dos 18 aos 25. E o degrau seguinte, dos 26 aos 35, os de meia idade, até os 60 anos e, lá no topo, qual uma Queops Tropical, o pequeno percentual representado pelos idosos – assim chamados à época – hoje denominados Melhor Idade, por que também representa ser esta a sonhada realidade.
Com o avanço dos dias, nossa Queops lembra mais um tijolo pois a base, que continua sendo jovem, é bem mais estreita, caiu de 41,3 para cerca de 33%, e o topo ostenta percentual próximo aos 7,5% em alguns estados, no que, antes, era de menos de 6%.
A explicação é simples: nasce menos gente e morre menos gente, também.
A Taxa de Natalidade – entre outros motivos reduzida com dificuldades geradas pelo desemprego (dos anos da Década, em especial), reduziu-se a 1/3 do que era. A expectativa de vida aumentou, também na mesma proporção.
O percentual dos habitantes com idade superior à 55 anos – no início da década de 60, hoje é superior aos 70 anos, número que vale para Homens e Mulheres, beneficiando um pouco mais a essas últimas.
O número de habitantes, com mais de 70 anos, no Brasil, em 2010, era de 9.539.570 pessoas.
Esta foi uma conquista de Primeiro Mundo, que mudou a classificação etária do país, em primeiro lugar.
O Brasil é, hoje, um cidadão quase de meia idade, o que significa que houve um controle de iniciativa pessoal, originada pela Liberdade de pensar nas suas necessárias e inúmeras escolhas; homens e mulheres trataram de decidir o que mais lhes interessava para enfrentar o futuro, ou seja, a nova rotina do Brasil, a partir de então.
Essa realidade significou, também, a força da representatividade da população de mais idade (no caso, hoje, a de Melhor Idade), de onde surgiu a denominação dos novos integrantes do Topo da Pirâmide.
Nos dias de hoje, mesmo que existam permanentes dificuldades novas a bater na porta, ofereceu-se, com essa vantagem, a possibilidade de exercer, a cada dia, mais pressão para que exista uma melhora da “Qualidade de Vida” de todos.
A situação atual encaminha-se para a insustentabilidade, digamos que à altura da 4ª Década deste Século XXI, quando o “time” da Melhor Idade – integrado por brasileiros e brasileiras, quem sabe com idade talvez superior a 90 anos – terá um número de componentes próximo ao das primeiras idades – 0 a 18 anos – a continuar o “nasce-não- morre” de hoje.
Detalhes previsíveis, porém ainda não dimensionáveis, poderão exercer uma força positiva, semelhante a que gerou a crescente e atual importância da Melhor Idade. Não é difícil entender que, no caso de uma valorização de causas benéficas ao crescimento da Segurança, da Educação, da Produção de Alimentos e causas outras positivas, possam ocorrer modificações comportamentais em todas as Faixas Etárias da população brasileira, no que se refere aos itens acima abordados.
Acrescento que entre os detalhes previsíveis há uma tendência à presença de Educação, Respeito, Honestidade, Família, Determinação, Segurança e Emprego, que exercerão um necessário comportamento regulatório de atitudes e cumprimento ao que, já agora, exige ser respeitado, porém não parece sequer ser conhecido pela grande maioria daqueles que deveriam ao menos, saber de sua existência.