Repetirei mais vezes a frase acima, até poder convencer justamente aqueles que por ela serão mais beneficiados.
Vamos convir: falar de Turismo no RS, parece que só funciona quando se tem neve!
É claro que o assunto rende quando aquela espécie de algodão gelado se une ao inverno gaúcho e aí, a Serra cresce na parada.
Um pouco mais adiante, Papai Noel chega em nossas casas sempre com um bom atraso, pois o que ele vem comemorar, em realidade sempre foi festejado na Festa de São Nicolau (Santa Claus) a 06 de dezembro.
Noel entrou na América do Norte falando holandês, justamente na fundação de Nova Amsterdã, no ano de 1602, do qual ainda subsistem as Antilhas Neerlandesas, até hoje integrantes do Reino dos Países Baixos (Holanda).
Nova Amsterdã virou Nova Iorque quando a região foi conquistada pelos ingleses.
O detalhe é que, com isso, veio o costume que a Inglaterra cultivava: dar presentes no dia 25 de dezembro.
E aqui entramos todos nós, que fazemos do interior do RS nosso ganha pão, fonte das maiores conquistas e alegrias e nosso lar. Nossa benção, enfim “graça concedida por Deus”.
De que forma poderíamos ser escalados para jogar no Turismo F.C. o ano todo? Como funcionaria?
Ora, ora… Saber recepcionar os visitantes – se me permitem dizer, sem exagero – é o primeiro curso que o gaúcho do Interior faz, por completo, a começar dos 5, 6 anos, e vai até os 12, 13, por aí, tempo no qual o cuidado de pais e avós, educados segundo exemplo dos antepassados, destaca a importância das pessoas e, em especial, dos visitantes.
Ou não é assim nas pequenas hospedarias e hotéis, nos quais é comum residirem os próprios donos, costume, aliás, adquirido de alemães, italianos, portugueses, espanhóis e franceses, para os quais o turismo receptivo funciona ainda hoje como a melhor maneira de ganhar dinheiro sem sair de casa?
Minha proposição ao Interior gaúcho vai por aí: por que aguardar a neve para fazer turismo no inverno e ficar à espera de Noel para festejar no verão, muito embora existam sol e calor muito antes?
Durante um bom espaço de tempo viajei pelo interior gaúcho e confesso que não tenho a mínima queixa a respeito de nada.
Dos hotéis às churrascarias, da recepção às atrações da natureza, das compras aos passeios em meio à vida – como só ela pode proporcionar – quem mais oferece além do interior gaúcho?
E disso posso lhes falar COM SEGURANÇA, se é que me entendem.
Então, estou propondo arregaçar as mangas e escalar nossas cascatas em grande parte dos nossos municípios, nossas paisagens, que são únicas, nossos produtos da colônia, que são originais e nossas praias, que merecem atenção especial por sua proximidade com os grandes Centros e sua maneira de ser nossa segunda casa! E nossos milhares de cafés coloniais e nossas dezenas de Oktoberfests, nossos variados Festivais e nossas centenas de Festas de todas as Frutas e Colheitas.
É no Interior que estão nossas fronteiras internacionais, o carnaval do tarde, o entardecer à beira-mar e as manhãs para rever o desconhecido e descobrir o novo.
O Interior gaúcho está mais vivo do que nunca e esta é a hora de começar a mostrá-lo, sempre com maior frequência.