No período em que a Copa do Mundo esteve presente – 12 de junho a 13 de julho – um número impressionante de visitantes viajou Brasil afora, atendendo ao imperativo desejo de conhecer (ou revisitar) o país no qual a maioria do mundo gostaria de viver, segundo boa parte da mídia internacional.
Não é para menos: escolhido entre todos pela natureza, o Brasil procura conviver com sua ardente namorada e lhe concede todo o amor e carinho que possa demonstrar, sempre que a “folhinha” das datas sugerir o caminho das Águas, da Serra e do Campo.
Na Temporada das Férias do Trabalho – na maioria entre meados de dezembro e final de fevereiro – o amor, sempre reafirmado, torna obrigatória a presença de todos, isto é, o casal, a família e mais o ambiente de veraneio, no qual a natureza ocupa lugar privilegiado e indispensável.
Os motivos que trouxeram os visitantes internacionais ao Brasil foram também os já citados, mas acima de tudo, o fato de ser este país o único Pentacampeão Mundial de Futebol, justamente o título que o Brasil tentaria consolidar, além de buscar o hexacampeonato, sua motivação mais vigorosa.
Merece atenção o fato de o futebol ter uma referência especial – Esporte Bretão – que o acompanha há mais de Um Século, e que também caracteriza a Grã-Bretanha (Reino Unido: Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte e Irlanda do Sul) criadora do Esporte hoje tido como admirado e a caminho de ser o mais praticado no planeta Terra.
Repousou nesta dupla – natureza e futebol – a motivação que atiçou a fama do Brasil como “país que há tempos , boa parte do mundo gostaria de conhecer e morar”, suficiente para atrair dezenas de milhares de turistas, que durante 32 dias fizeram, da Copa do Mundo do Futebol, seu mais forte estímulo para estar entre nós.
Aqui chegados, a confortadora surpresa foi verificar que, de alguma forma, a violência que se anunciava e se mostrava aqui existir, já havia sido controlada pelas forças de Segurança do País, em menos de duas semanas.
Desta forma, o Brasil cresceu, também, no conceito de quem havia acabado de chegar e passou a dedicar-lhes atenção ainda maior, claro que consolidada pela aprovação dos habitantes de cada local que sediaria jogos da Copa.
Não poderia ser diferente: “pérolas” como “O caminho do gol”, criado em Porto Alegre, repercutiu em outros pontos, nos quais existia uma condição semelhante para desenvolver o que, em realidade, foi o Caminho do Samba, de boa vontade percorrido pelos turistas, com duas finalidades – ir até o local do jogo daquele dia, em cerca de uma hora de puro samba, e outra, aprender a sambar, sem se dar conta do esforço. Gol de placa da Prefeitura de Porto Alegre.
Contou-me um turista que, ao final de dois jogos, um funcionário da Prefeitura (não sei seu nome) perguntou-lhe: E aí, o senhor vai de táxi ou de samba?
Para azar dos taxistas, classe que se comportou com a devida sugestão de trabalhar sério, ao final houve até um certo prejuízo, que teria sido culpa do samba-na-Borges, apelido d’O caminho do gol.
A verdade é que o Brasil cresceu aos olhos e na mente de quem o estava conhecendo ou revendo.
Houve uma certeza de todos os que aqui estiveram, acompanhando a seleção de seu país e aproveitando para conhecer as “benesses” à Saúde e ao Bem-estar de cada um, ao longo dos 12 Estádios entre Brasília e Fortaleza, Manaus e Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre, Recife e e Cuiabá, São Paulo e Salvador, Curitiba e Natal. O Brasil sentiu-se tão honrado, mas tão honrado mesmo, que é bem provável que tenha esquecido de jogar tudo o que sabe para não agir mal com seus colonizadores de séculos, tanto que os 7 a 1 ficarão como lembrança da seleção brasileira.
Pense comigo: ficaria bem se um país como o nosso, festejado e pra lá de simpático, fizesse 7 a 1 na Alemanha, enquanto milhares de familiares do lado de lá enviassem recados e cobranças desaforadas?
Não adianta ninguém tentar me convencer do contrário: o Brasil é o adversário que a gente precisa no futebol.
Para melhorar, só mesmo contratar um juiz da FIFA – mas tem que ser os que não vêem faltas do tipo a que eliminou Neymar. Por que da FIFA? A FIFA não admite que qualquer juiz errado possa se tornar certo, mesmo reconhecendo o erro, ainda que não altere o ocorrido.
Já pensou?