“Você não pode construir uma casa para o verão passado”, ensina a experiência dos sofridos africanos, alertando que é fundamental tratar os temas que possam causar estresse antes do mínimo sinal de que estão na iminência de pedir ajuda, ao mesmo tempo em que lembram, com isso, que amanhã a casa de hoje já será a de ontem.
“Leva-se muito tempo para ser jovem”, disse o pintor e escultor espanhol Pablo Picasso nos idos de 1930, em frase que tem todo o tipo de comportamento surrealista, que é logo destacado pela incoerência e pela total ausência de lógica, graças aos significados opostos dos vocábulos que compõem a frase.
“Vivendo e aprendendo”, esclarece um ditado já muito antigo, principalmente para quem o conhece desde os 15 anos de idade e já aguardando que a sequência dos 70 bata à porta.
“A gente pensa que sabe todas as Respostas, aí vem a Vida e muda todas as Perguntas” é um dos mais expressivos e verdadeiros provérbios surgidos nas últimas décadas, carregado de múltiplas experiências, daquelas que não dão chance ao esquecimento.
“Eu odeio o racismo e o considero uma coisa selvagem, venha ele de um negro ou de um branco”, expressou a lição de vida procedente de Nelson Mandela.
“O Homem está sempre disposto a negar aquilo que não compreende”, escreveu Blaise Pascal, matemático, físico, filósofo e escritor francês, há quase três séculos, em Paris.
“Se non è vero, è bene trovato”, dizem os italianos todos os dias (Se não é verdade é bem achado).
“Rempli de soi-mêmê” (cheio de si mesmo), condenam os franceses, a cada eventual ato ou maneira que denote vaidade.
“Si vis pacem, para bellum” (Se queres a paz, prepara a guerra), orientam os italianos, especialmente os mais antigos.
“Omnia vincit amor” (O amor vence tudo), enfatizam os italianos.
De certa forma, tudo o que escrevi aí acima já serviria para esclarecer, reforçar pensamentos, experiências e expressões contributivas ouvidas na prática diária, também resultantes de ideias e desencontros mundo afora.
Mesmo acostumado a ditados, provérbios e seja lá quantos outro ditos possam existir, chamou-me a atenção uma frase ao telefone pelo meu filho Fabiano (o número 4 na ordem das viagens da cegonha), há 13 anos, o competente profissional que transforma o que escrevo em caprichada matéria para veicularmos na Portal Mix.
Ao iniciarmos a atualização de nossas “idas e vindas” (moramos em cidades diferentes), Fabiano contou: “- Levei um chute nas costas que tu nem imaginas, pai!”
“- Mas em que jogo foi isso filho”, perguntei, pois sei que de vez em quando ele bate uma bolinha no futsal.
Ao que ele, casado e gerador de sua primeira filha (de muita(o)(s) mais), explicou: “- A noite passada estava muito fria; tua nora e eu tivemos a ideia de aquecer o ambiente “dormindo de conchinha”, e lá pelas tantas, tua neta Antônia (que está a caminho), demonstrou aprovar o calor da noite que aqueceu e me saudou com um chute nas costas!”
Rimos bastante e depois começamos a imaginar:
“- Já pensaste se a moda pega? Se chegarem mais 6 filhos pra ti, pai? Já pensou o cansaço da cegonha? (o meu filho menos pesado anda pelos 75 quilos, mais ou menos. Já pensou?
Põe carga pesada nisso!!!!
Spiritus proptus est, caro autem infirma (O espírito está pronto, mas a carne é fraca).