Quero dizer que escolhi essa bandeira de luta, em especial, porque está mais do que provado que em Saúde, tempo é cuidado, é socorro, é vida, logo quanto mais próximo melhor, além de inúmeras outras vantagens.
Se jeito regula, um percentual máximo de vantagens poderá ser obtido, pela comprovada e cada vez mais aceita necessidade de um Sistema de Saúde à altura do que a população merece e a Regionalização proporcionaria.
E quais seriam as maiores vantagens de uma Saúde Regionalizada?
Havendo vontade política e dedicação ao objetivo, será possível estruturar um Sistema Regional de Saúde no RS, com a participação e o apoio de Brasília e do Governo do Estado, que obteriam, em troca, as seguintes vantagens:
1) Otimização do equipamento hospitalar disponível para atender demandas de maior urgência e complexidade, no interior do Estado.
2) Evidente redução das distâncias entre o atual Sistema de Saúde e seus pacientes, com indiscutíveis aumentos na segurança, agilidade e qualidade do serviço prestado.
3) Aumento da concentração de profissionais da Saúde em cada região, o que facilitaria a criação de empregos regionais e maior circulação dos recursos envolvidos, dos quais cada região se beneficiaria na proporção direta de sua participação.
4) Dá para antever, com muita segurança, o que ocorreria quanto aos alunos das Escolas Superiores da área da Saúde e seu entusiasmo frente a uma aliada dessas, que lhes permitiria estudar, trabalhar e desenvolver aptidões e esperanças, sem sair do alcance da família e com a certeza de um amanhã mais seguro.
5) É fácil deduzir que cada região responderia melhor à expectativa de seus moradores/pacientes, tratando de providenciar eventuais reforços em setores de demandas crescentes, sempre que fosse o caso.
6) A já citada redução da distância ‘Hospital Regional-Pacientes’, andaria ao redor de 65%, média aproximada; nas regiões Fronteira Oeste e no Noroeste e Norte do Estado, as distâncias seriam reduzidas em quase 70%.
Essa aproximação faria com que possíveis dificuldades, inclusive operacionais, fossem melhor discutidas e resolvidas, daí resultando evidentes benefícios para todos.
E de onde sairiam os recursos para implantar a Regionalização?
1º) Seria citada uma categoria de Cidades que abrigassem os Hospitais Regionais (em princípios, 24 no RS).
Essas cidades receberiam uma verba superior às demais da região, em equipamentos e para pagamento dos profissionais necessários.
Nelas, seria prestado um atendimento bem próximo ao que Porto Alegre já oferece, nos casos de grande exigência, podendo-se imaginar que cerca de 600 ônibus, vans, automóveis e ambulâncias deixariam de dirigir-se à Capital para buscar atendimento ou visitar pacientes, resultando daí incalculável economia em combustível, desgaste de materiais, saúde e tempo, hoje prejuízos obrigatórios dos viajantes.
2º) À medida em que, mediante controle e participação das autoridades competentes, os pacientes do Interior do Estado começarem a ser atendidos em suas respectivas regiões, o percentual de verba correspondente a esta troca de atendimento passará a ser retirado de Porto Alegre e enviado às 23 Cidades-Sedes dos Hospitais Regionais, na proporção do volume de atendimento e custos de cada uma delas.
3º) Um grande e final benefício?
O controle dos gastos com a Saúde em 464 municípios (já excluindo os 32 da Região Metropolitana) de difícil acompanhamento, hoje, ficaria reduzido a 464/23, ou seja, 20 municípios, em média, por região.
Seis municípios do Vale do Gravataí (Alvorada, Cachoeirinha, Glorinha, Taquara e Viamão) já tomaram a iniciativa e terão 900 mil pacientes atendidos bem mais perto, com mais segurança, rapidez e resultados positivos.
Que tal promover reuniões na sua região, visando a esse mesmo objetivo?