É uma população que, a rigor, percorre o Universo à bordo de uma nave na qual todos são tripulantes, ou seja, responsáveis pela garantia das possibilidades e qualidade do vôo. Detalhe: talvez menos de 10% dos tripulantes se dê conta disso.
O que a grande maioria sabe é que a nave pertence à categoria dos planetas e seu passeio pelo espaço tem três leis fundamentais, sem as quais o vôo se tornaria incontrolável:
1ª Lei: a nave se movimenta ao longo do ano, em torno de uma estrela gigantesca, chamada Sol, à qual está presa graças a um campo gravitacional, que ao mesmo tempo que a atrai, a repele (processo do ímã).
Este movimento, como sabem, é chamado de Translação;
2ª Lei: naquele que é chamado de Movimento de Rotação, a Nave Terra é obrigada a girar sobre si mesma, ao longo dos dias, o que agrada bastante à tripulação, que pode curtir as benesses de expor-se ao Sol e seus dadivosos raios, ao longo do trajeto.
3ª Lei: é fundamental que cada tripulante da Terra saiba que esta Nave é o único espaço do Universo até agora conhecido, onde existe água, líquido sem o qual a tripulação não sobreviveria.
Despreocupada com o assunto, graças a enorme quantidade do precioso líquido que existe no Planeta, a tripulação da Nave Mãe começa a emitir “sons” nem um pouco tranquilizantes, traduzidos nas seguintes notas:
o consumo de água dobrou em relação ao crescimento populacional da Terra, neste último Século (FAO – Órgão da ONU que trata de alimentação e sobrevivência);
o fluxo dos Rios nos mares diminuiu consideravelmente, tendo em vista as drenagens feitas com o propósito de irrigar diversas culturas de cereais, ao longo do Planeta;
os inúmeros lençóis freáticos estão hoje sendo nitidamente reduzidos nas Regiões produtoras de alimentos;
a industrialização consome muito mais água do que a urbanização; valendo-se das mesmas fontes produtoras e não desenvolvendo técnicas de captação – inclusive pluviais – para sua específica manutenção;
segundo a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a água potável é acessível a menos da metade da população mundial;
se os governos dos países carentes de água não adotarem medidas urgentes para estabilizar a população e elevar a produtividade hídrica, em poucos anos a escassez de água se transformará em falta de alimentos.
Em todos esses prejuízos à uma melhor qualidade de vida da população mundial, pequenas recomendações podem modificar tudo para muito melhor:
1. a redução no tempo do seu banho poderá significar o consumo de menos 80 litros d’água/dia, em média (Pesquisa Nacional);
2. uma torneira pingando pode consumir até 20 litros/dia, ou 600 litros/mês. Cuide disso;
3. a diferença entre lavar um carro com balde ou mangueira, pode desperdiçar ou poupar cerca de 300 litros d’água por vez. Reconsidere-se;
4. na lavagem de louças, a torneira aberta todo o tempo desperdiça ao redor de 80 litros;
5. na limpeza de calçadas, esqueça a água, use vassoura. Jardins e plantas: no inverno, 2 vezes por semana; no verão, dia sim, dia não, com mangueira esguicho, com pequeno fluxo ou regador.
Todos os “sons” decorridos dos exageros atualmente cometidos, dentro em breve começarão a ser regidos por maestros com batutas Legais, na mão. Disso não tenho mais dúvidas.
Para evitar, estou voltando ao tema mais uma vez. Lembre-se: água só existe na Terra. Ajude a controlar seu uso.
Tudo isso é verdadeiro, o que também vale para a São Paulo de hoje. Economize toda a água tratada que puder. E ensine todas as pessoas com as quais você possa ter contato, a fazer o mesmo.
Lembra da parábola do pássaro, que na hora do incêndio tentava fazer a parte dele? E o que ele fazia? Carregava uma gota d’água no bico.
Viu? Faça a sua parte.