Natal (do latim natale)
Significa o dia do nascimento. A festa do Natal celebra o fato histórico do nascimento de Cristo. Em Roma, a primeira referência do Natale Domini (Natal do Senhor) data do ano 336. Foi uma espécie de resposta ao Natalis Solis Invieti (Natal do Sol Invencível), comemorado na Roma pagã, desde o tempo do Imperador Aureliano (ano de 274). No final de seu reinado, o Imperador Constantino I, O Grande (274/337), determinou que o nascimento de Cristo deveria ser celebrado no dia 25 de dezembro, em todo o território romano. Segundo a tradição, na época Constantino construiu uma basílica sobre o túmulo de São Pedro, na própria Colina do Vaticano, justamente no local onde acontecia o culto solar.
Papai Noel
Suas vestes e botas mostram a origem europeia, pois na época do Natal neva no velho continente. É a figura estilizada de São Nicolau, Santa Claus (corruptela de Sanctus Nicolaus), entre ingleses e norte-americanos. No resto da Europa, Père Nöel, em francês e Siuter Klaas, em Holandês. Em Roma, existem cerca de 60 Igrejas com o nome de São Nicolau e na Inglaterra, mais de 400. Com os séculos, foi sendo considerado padroeiro das crianças, dos estudantes, dos escravos, dos presos, dos pobres, dos marinheiros. É o padroeiro da Rússia religiosa. Faleceu em 342, e seus restos mortais foram transferidos para Bari, Itália, em 1087 (século XI).
Missa do Galo (ingalli cantu)
Foi introduzida no século V. Missa, em latim, significa despedida. No início, era o nome que se dava à oração de despedida de um bispo, quando em visita. Com o tempo, acabou denominando a cerimônia toda – pregação, eucaristia, sacrifício do corpo e sangue de Cristo. A Missa do Galo era uma das três missas celebradas no Natal e iniciava sempre à meia-noite de 24 para 25 de dezembro. As outras duas eram a Missa do Dia (a primitiva delas, criada no século IV) e a Missa da Aurora (ou dos Pastores), criada no século VI. Só restou a do Galo.
Os presentes de Natal
A tradição de presentear as crianças na festa de São Nicolau (6 de dezembro) foi levada pelos holandeses para a América do Norte, quando fundaram Nova Amsterdã. Com a conquista desta pelos ingleses, trocou-se o nome da cidade para Nova Iorque e os presentes, para 25 de dezembro, costume vindo da Inglaterra.
Presépio (em hebraico ebus e urvã; em latim, praesepium)
Significa a manjedoura dos animais. A partir de São Francisco de Assis presépios tornaram-se frequentes. Foi São Francisco que esculpiu as figuras e montou um presépio, no ano de 1223, em Gréccio, Itália. A presença de um boi e um jumento junto à manjedoura não é mencionada em Lucas; acredita-se que possa ser uma interpretação errônea de traduções dos evangelhos.
Pinheirinho de Natal
Até São Vilfrido (634/710), monge anglo-saxão, pregar o Cristianismo na Europa Central, a árvore venerada como sagrada era o carvalho. Segundo a tradição (ou lenda?), São Vilfrido resolveu cortar um carvalho para acabar com as crenças pagãs sobre esta árvore. Ao lado do carvalho, um pinheirinho novo e verdejante resistiu à destruição, sendo adotado por São Vilfrido como símbolo da imortalidade.
