Em minha defesa vou até admitir que a água não é tão mole assim, mas a pedra é duríssima, motivo pelo qual a cada três meses, uma das doze ou treze edições da Portal Mix é dedicada à Regionalização da Saúde.
Escolhi essa bandeira de luta, em especial, porque está mais do que provado: em Saúde, tempo é cuidado, é socorro, é vida, logo quanto mais próximo melhor, além de inúmeras outras vantagens.
Se jeito regula, um percentual máximo de vantagens poderá ser obtido, pela comprovada e cada vez mais aceita necessidade de um Sistema de Saúde à altura do que a população merece e a Regionalização poderá proporcionar.
E quais seriam as maiores vantagens de uma Saúde Regionalizada?
Havendo vontade política e dedicação ao objetivo, será possível estruturar um Sistema Regional de Saúde no RS, com a participação e o apoio de Brasília e do Governo do Estado, que obteriam, em troca, as seguintes vantagens:
1) Otimização do equipamento Hospitalar disponível para atender demandas de maior urgência e complexidade em casos do Interior do Estado;
2) Evidente redução das distâncias entre o atual Sistema de Saúde e seus pacientes, com indiscutíveis aumentos na Segurança, Agilidade e Qualidade do Serviço Prestado;
3) Aumento da concentração de Profissionais da Saúde em cada Região, o que facilitaria a criação de empregos regionais e maior e melhor circulação dos recursos envolvidos, dos quais cada Região seria beneficiada na proporção direta de sua participação;
4) Dá para antever, com muita segurança, o que ocorreria quanto aos alunos das Escolas Superiores da Área da Saúde e seu entusiasmo frente a uma aliada dessas, o que lhes permitiria estudar, trabalhar e desenvolver aptidões e esperanças, sem sair do alcance da família e com a certeza de um amanhã mais seguro;
5) É fácil deduzir quer cada Região responderia melhor à expectativa de seus moradores/pacientes, tratando de providenciar eventuais reforços em setores de demandas crescentes, sempre que fosse o caso.
6) A já citada redução da distância Hospital Regional/Paciente, estaria ao redor de 65%, média aproximada. Nas Regiões Fronteira Oeste e no Noroeste e Norte do Estado, as distâncias seriam reduzidas em quase 70%.
Essa aproximação faria que possíveis dificuldades, inclusive operacionais, fossem discutidas e resolvidas, daí resultando evidentes benefícios para todos.
E de onde sairiam os recursos para implantar a Regionalização?
1) Seria criada uma categoria de Cidades que abrigassem os Hospitais Regionais (em princípio, 24 no Rio Grande do Sul).
Essas Cidades receberiam uma verba superior às demais da Região, em equipamentos e para pagamento dos profissionais necessários.
Nelas, seria prestado um atendimento bem próximo ao que Porto Alegre já oferece – nos casos de grande exigência- podendo-se calcular que cerca de 600 ônibus, vans, automóveis e ambulâncias deixariam, de dirigir-se à Capital, para buscar atendimento ou visitar pacientes, resultando daí incalculável economia em combustível, desgaste de materiais, saúde e tempo, hoje prejuízos obrigatórios dos viajantes.
2) À medida em que, mediante controle e participação das autoridades competentes, os pacientes do Interior do Estado começarem a ser atendidos em suas respectivas regiões, o percentual de verbas correspondente a essa troca de atendimento passará a ser retirado de Porto Alegre e enviado às 23 Cidades-Sedes dos Hospitais Regionais, na proporção do volume de atendimento e custos de cada uma delas.
Um grande e final benefício?
O Controle dos Gastos com a Saúde em 464 Municípios, já excluindo os 32 da Região Metropolitana, de difícil acompanhamento,hoje, ficaria reduzido a 464, média de 20 Municípios, por Região.
Seis Municípios do Vale do Gravataí – Alvorada, Cachoeirinha, Glorinha, Gravataí, Taquara e Viamão, já tomaram a iniciativa e terão 900 mil pacientes atendidos bem mais de perto , com mais segurança, rapidez e resultados positivos.
Que tal promover reuniões na sua Região, visando a esse mesmo objetivo?