Os deputados aprovaram na quarta-feira em primeiro turno o texto-base da Reforma da Previdência. Foram 379 votos a favor e 131 contrários, uma vitória bem significativa. Alguns parlamentares da oposição votaram favoravelmente. O texto-base que recebeu alterações durante a tramitação desde que foi enviado pelo Governo Jair Bolsonaro, poderá receber mais alguns cortes até a sua aprovação final, contrariando o que queria o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A Reforma da Previdência, entre outras que deverão entrar em pauta, vinha sendo debatida e estava na agenda de prioridades desde a época de Fernando Henrique Cardoso e, somente agora, inclusive com movimentação e pressão de parte da sociedade civil, que foi às ruas – deverá trazer um novo patamar de desenvolvimento para o País, com a correção de regras e direitos que estavam inviabilizando a governabilidade, prejudicando setores essenciais como saúde, educação, segurança. Analistas e economistas estão avaliando que a maior parte dos custos da nova Previdência ainda vai cair sobre a iniciativa privada, classe média e os mais pobres porque parte de privilégios ainda serão mantidos. Especialmente para categorias que fazem parte do setor público, que tem feito sua pressão sobre os congressistas. Às vésperas da votação no primeiro turno parlamentares do Centrão, ameaçaram atrasar a votação, dificultando o cronograma do governo, o que fez com que fossem liberados recursos de emendas parlamentes, que são legais.
Para que o processo da reforma progredisse, tem sido fundamental a condução dos trabalhos na Câmara dos Deputados, pelo seu presidente Rodrigo Maia e pelo Senado Federal. As duas casas, com as comissões especiais, líderes partidários e uma agenda de intensos trabalhos inclusive nos finais de semana, sinalizam que estão voltando a ter protagonismo nos grandes debates do País.
A expectativa agora é de que o trâmite da Reforma da Previdência também seja aprovado em segundo turno na Câmara e no Senado no menor tempo possível e que outras reformas como a Tributária e Política entrem na agenda de prioridades.