É sobre idas e vindas. Isso já acontece há mais de trinta anos já. Minha irmã Angela que mora na Alemanha chegou! Aguardamos ansiosos sua vinda e na despedida toda a vez é a mesma coisa: o coração aperta. Mas sabemos que é assim e ela está muito bem no país que adotou para morar.
Uma mulher linda que ainda jovenzinha decidiu sair do Brasil como tantos outros e outras, para ascender na vida. Levou pouco dinheiro. Literalmente se ‘virou’ num país estranho e o dialeto a ajudou um pouco, porém não bastava; precisava ser a língua culta ou o inglês. Muito proativa começou a aprender a língua, estudar e abraçar as oportunidades na Alemanha.
A mulher que saiu sem nada do Brasil alcançou seus objetivos, casou-se, teve um filho lindo e dedicou-se, de corpo e alma, ao trabalho e experiências que a vida estava lhe oferecendo. A saudade bateu, muitas vezes, à sua porta, mas do choro fez oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
A vida não é fácil num país que não é o nosso, mas somos do tamanho dos nossos sonhos e se queremos ter conquistas precisamos entender que a dinâmica da vida tem percalços e fases; ainda mais num outro país. Assim que a Angela fez da Alemanha também a sua casa as coisas foram acontecendo de uma forma boa. Hoje, ela tem dois países que ama: o Brasil e a Alemanha.
É sempre muito bom conversar com pessoas que vivem em outros países para entender a forma como pensam, o que pensam sobre nós, a cultura que tem, os problemas que também enfrentam. Não é só no Brasil que há problemas.
Recentemente, trabalhou no Iraque e viveu uma experiência desafiadora. Carimbou, além do país no seu passaporte, também coragem. Ela é corajosa! Ela é uma mulher que busca o seu espaço e, bem pertinho do Dia das Mulheres, faço uma referência a mulheres que nem ela que vão em busca de seus sonhos.
A coluna de hoje vai em homenagem também a Carmem Regina, ex-prefeita de Lajeado que morreu na terça-feira. Uma líder diferenciada. Exemplo de mulher e na vida pública.