Só parar e observar a natureza em seus simples detalhes que conseguimos abstrair grandes e importantes lições para a nossa vida. A natureza é perfeita!
A história das borboletas é uma das mais interessantes para metaforizar com nossa vida quando estamos num momento triste e pessimista. Desde o nascimento, de larva, pupa a casulo, ela enfrenta dificuldades, precisa armazenar energia, precisa esperar o seu tempo para, enfim, nascer.
Existe um texto, inclusive, cuja autoria não vou me recordar agora, que fala que um homem ao ver o sofrimento da futura borboleta no casulo quis facilitar e apressar o processo dela e acabou prejudicando-a. A partir disso, já podemos refletir muito e especialmente sobre a questão tempo. Tudo na vida tem um tempo para acontecer. Apressar o processo não ajuda ninguém. Os ciclos da borboleta nos provam isso, nos mostrando que as dificuldades servem para nos energizar, dar força, nos amadurecer com o tempo. Há tempo para tudo na jornada chamada vida.
Muitas vezes queremos apressar respostas, passos, decisões, sem ao menos dar tempo ao tempo. Isso mesmo. Esperar o tempo! Passar por dificuldades faz com que cresçamos. Tenho pena das pessoas que não passam por dificuldades, pois, com certeza, não são empáticas e acreditam que tudo tem que dar certo o tempo todo.
Entender os ciclos, respeitar o tempo, passar por dificuldades, energizar-se faz tudo valer a pena. Olha o que a acontece com a borboleta. Vira um lindo inseto, de asas majestosas, de um colorido impecável, de um voo magnífico e uma liberdade de alimentar-se do que quiser, de conhecer vários lugares. De novo, para relembrar, passou por calor, por pouco espaço, por predadores, por casulo, enfim, para tornar-se plena. O sofrimento ensina. O tempo é maravilhoso e faz as coisas como deve ser. Nos cabe respeitar.
Quase finalizando o texto vejo uma cena e como cronista, tudo é motivo de escrita, já consigo encaixar nesse singelo texto: vejo uma mãe apressando o tempo de alfabetização de uma criança na tenra idade. O tempo dessa criança era o tempo de brincar. O sofrimento psíquico vem depois quando pulamos ou forçamos etapas.