Em 9 de março de 1996, o arroio-meense Fernando Feil, sem saber que era o Dia Mundial do DJ, começou a carreira na área. Conhecido pelo apelido de ‘Lima’, uma tradução do seu sobrenome alemão para o português, iniciou por meio do incentivo do Tio Ivo e do primo Fábio que tinham relação com a Banda Barbarella.
Depois da organização, o lançamento da Lumier Som foi no Baile União em Arroio Grande. Ao longo dos anos, ele tocou em festas da região, principalmente, em Arroio do Meio, Capitão Travesseiro e Estrela. Entre os bailes em que marcou presença com o som, foi na famosa Millenium que era um ‘point’ em Arroio do Meio nas décadas de 90 e 2000.
“Lembro que uma vez tinha tanta gente lá que abriram a pista dois para colocarmos o som e tocarmos. Era uma época muito boa, aprendi muito. Tudo era novo, cada festa um estilo diferente. Cada fim de semana era uma nova festa, acompanhávamos muito o Barbarella. Fiz muitas amizades e muitas delas nos ajudavam para montar o som, eles iam com a gente nos eventos.” Nos mais de 25 anos de estrada como DJ, Lima diz que um dos maiores aprendizados da noite foi a paciência com as pessoas.
Depois de alguns anos, Lima seguir com a carreira solo e hoje o foco está em eventos particulares como aniversário, casamentos e formaturas. Atualmente, aos 44 anos, além de disponibilizar o serviço de som, também conta com serviço de telão, iluminação decorativa, entre outros.
Entre as principais mudanças nos eventos nos últimos anos, Lima diz que é a música que se tornou mais restrita para cada evento. Antigamente, na mesma festa, era possível tocar sons de todos os estilos. “Hoje, também a maioria das músicas estão vinculadas com o funk. As festas estão com estilos únicos, lá atrás tínhamos um repertório muito variado. Nos dias atuais, é difícil um evento com mais de um estilo do início ao fim. Outra coisa também foi a quantidade de eventos, pois no passado, ocorriam mais de um à noite no mesmo município. Hoje, está mais programado.”
Para quem deseja seguir a carreira, Lima deixa um conselho: é preciso profissionalismo, estudar os mais variados estilos de músicas, ter foco e postura. “Muitos começaram na brincadeira como eu, sem muito compromisso, mas depois busquei o aperfeiçoamento. É preciso também se valorizar e acreditar.”
PANDEMIA
Uma das maiores dificuldades enfrentadas para o setor foi a chegada da pandemia. Da noite para o dia festas e eventos tiveram que ser suspensos o que trouxe prejuízo para profissionais da área e organizadores. Lima nunca havia presenciado uma crise como a de 2020 e 2021 no setor. “A gente foi se virando como pode, não recordo de outro período com essas dificuldades desde que comecei.” Durante a pandemia, DJ Lima participou de uma live que arrecadou mais de R$ 40 mil para a construção da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o Hospital São José.