A noite de segunda-feira ficou marcada por uma sabatina de perguntas feitas pelos vereadores de Arroio do Meio, ao secretário da Saúde, Gustavo Kasper, a presidente da Associação de Menores de Arroio do Meio (Amam), Juliane Duarte, o ex-presidente, Israel de Borba; e a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (Comdica), Mônica Horn.
O intuito do encontro foi a busca de esclarecimentos em torno dos motivos da paralização no atendimento do Abrigo de Menores no início de janeiro e discutir possibilidades de uso do espaço que fica dentro do imóvel da Associação de Menores de Arroio do Meio (Amam). A reunião atendeu um pedido Pedro da Silva (MDB) e teve a participação dos também emedebistas Paulo Roberto Heck e Marcelo Mügge, além dos progressistas José Elton Lorscheiter e Mariah Kunzler, e o assessor jurídico Diego Girelli.
Ao longo das últimas décadas, o abrigo recebeu recursos de todos os municípios da Comarca, governo federal e empresas, e está sem abrigar menores por uma decisão da justiça que atendeu uma orientação do Ministério Público. O ex-presidente Irsrael de Borba declarou que desde 2019 o MP já propunha um novo formato para abrigo de menores, por meio de um consórcio público intermunicipal buscando um controle mais eficiente da gestão, questões estatutárias e burocráticas, para proporcionar qualidade e padronização no atendimento, além de manter os menores mais próximos de suas famílias.
A atual presidente Juliane Duarte que também coordena o Cras explicou que o prédio e bem feitorias continuam intactas e de propriedade do abrigo, porém, como a orientação é de não prestar atendimentos, os profissionais foram afastados.
A suspensão de repasses do MP de exceções penais e outras doações durante a pandemia e direcionamento de 80% dos internos, que são crianças de outras comarcas para abrigos mais próximos de seus municípios, diminuíram ainda mais a receita da entidade que recebe repasses proporcionalmente ao número de internos, entretanto, com o custo operacional elevado. Paralelamente, um expediente interno para apurar falhas técnicas, levaram a decisões mais drásticas. Neste período a verba do Comdica e de poucas doações foi utilizada para pagamento de recessões trabalhistas, considerando que ainda há incógnitas sobre pendências previdenciárias antigas da entidade, que não tiveram baixa confirmada em âmbito federal, e que o imóvel poderia fazer parte da dívida. “Poucas pessoas nos procuraram para ajudar”, repercutiram.
Emedebistas ainda fizeram questionamentos pontuais sobre ações para evitar o interdição, a eleição da nova diretoria em dezembro de 2020, seleção de profissionais, supostos casos nepotismo, falta de informações gestão e atual direcionamento feito à menores abandonados em Arroio do Meio.
Representantes da Amam, por sua vez, detalharam as dificuldades na transição para atual diretoria e exigiram uma auditoria para apurar a transparência das gestões na última década. Também falaram sobre mudanças feitos no estatuto contra nepotismo e os desafios em contratar profissionais para uma entidade filantrópica, mesmo com crivo técnico, pois o salário e plano de carreira não são atrativos. “Não conseguimos assumir a diretoria imediatamente. Quando nos inteiramos uma bagunça, talões de cheque ao léu”.
O secretário de Saúde informou que atualmente cinco menores de Arroio do Meio estão sendo atendido em Encantado, Taquari e Venâncio Aires. E que uma saída para o uso do imóvel é direcioná-lo para um Centro de Convivência de Idosos, que também seria importante para às políticas públicas. Também está em estudo o uso de áreas verdes das imediações.
Ao fim da reunião o presidente da Câmara Paulo Heck agradeceu as informações prestadas pelos convidados, e em especial as empresas e comunidade, parceiras da Amam ao longo da história.
CRITICAS CONTRA A CONDUÇÃO POLÍTICA X LIBERDADE LEGISLATIVA – O candidato a uma das vagas do Conselho Tutelar de Arroio do Meio, Felipe Albino Schmitz, que integra a Juventude do PP, esteve presente na reunião que tratou sobre o futuro do espaço do abrigo de menores. Ele fez duras críticas a condução política do embate, uma vez que estava claro publicamente, que MP foi o principal ‘interventor’ e não foi convidado. O vereador MArcelo Schneider (MDB) que não tinha essa informação e que a Câmara tem a liberdade de conduzir seus debates.
PRIMAVERA FRUSTRADA – Alguns arroio-meenses com viagens agendadas de setembro a dezembro de 2023, pela 1, 2, 3 Milhas, tiveram seus planos para primavera parcialmente frustrados. O voucher oferecido pela 123 Milhas a clientes que tiveram pacotes promocionais cancelados pela empresa inesperadamente não pode ser usado de uma vez. O crédito será dividido em três, quatro e até cinco vezes, o que pode levar o cliente a ter de gastar mais para comprar outras passagens. O caso redobra a importância das pessoas procurarem agências de confiabilidade.
BEIJOS FORÇADOS – O primeiro-ministro Pedro Sánchez disse que pedido de desculpas feito por presidente da federação espanhola de futebol, Luis Rubiales não é suficiente. Após final da Copa do Mundo feminina, que a Espanha venceu, Rubiales deu um beijo na boca forçado na meia Jenni Hermoso.
“Aqui no Brasil o homem já seria destituído do cargo e preso”, afirmou um político da região, que se disse preocupado com um suposto caso de assédio contra uma recepcionista de uma prefeitura que estão tentando abafar. Entretanto, ele não negou que na maioria das gestões públicas, acontecem ‘romances proibidos’, com o consentimento entre as partes, ou pelo menos muitos comentários do imaginário popular.