Já abordamos a temática do crescimento do número de idosos na região e no estado em algumas edições do jornal O Alto Taquari. Em novembro do ano passado, o tema foi evidenciado na edição especial no aniversário do município. O crescente aumento do número de idosos revela que as pessoas vivem mais, atingem idade mais avançada, assim como é uma faixa etária que representa novas oportunidades para diferentes setores de serviços e negócios, como turismo e lazer. Paralelamente também apresentam demandas principalmente para os setores públicos para que se possa garantir que esta população envelheça com qualidade de vida. Há vários anos, as prefeituras da região investem e desenvolvem programas e ações para integrar e proporcionar atividades de lazer para os idosos. Porém, na medida em que esta população cresce, a população mais jovem diminui, surgem novos desafios como lacunas no mercado de trabalho.
A economista Cintia Agostini, em entrevista dada ao AT no ano passado, alertou que de um modo geral nem a região, nem o Estado estão preparados a médio e longo prazo para atender os desafios do aumento da população com 60 anos ou mais. Entre 2011 e 2021, nos municípios de abrangência do Corede, a população com 80 anos ou mais aumentou 68,60% e em Arroio do Meio 69,01%. Dados coletados pelo IBGE e divulgados na última sexta- -feira, relativos a 2022, confirmam a tendência verificada na última década e apontam que no ano passado, o Rio Grande do Sul era o estado do Brasil com maior concentração de pessoas acima de 60 anos. Amazonas, (9,06%); Amapá (8,44% e Roraima (8,44%).
O Rio Grande do Sul tem 2.193.416 pessoas, equivalente a 20,15% de toda a população. Na próxima edição do Mais Viver estaremos divulgando os dados relativos aos diferentes municípios de nossa área de abrangência, para que se possa ter uma ideia mais detalhada e qual o percentual da faixa etária que está com 60 anos ou mais, uma vez que os dados implicam em estratégias públicas de saúde, lazer e outros serviços. Ainda em relação aos dados gerais do Rio Grande do Sul, matéria divulgada por ZH apontou que 50% da população tem idade até 38 anos e os demais tem acima desta faixa etária.
Impostômetro: quanto pagamos?
Até o dia 30 de outubro de 2023, às 17h, o brasileiro pagou R$ 2 trilhões, 508 bilhões e 125 milhões de impostos. Os dados podem ser consultados ao vivo pelo Impostômetro, ferramenta criada pela Associação Comercial e Industrial de São Paulo, que sinaliza em tempo real a montanha de tributos municipais, estaduais e federais, arrecadados. Como os dados mudam, pegamos o valor arrecadado de 1º de janeiro de 2023 até o dia 30 de outubro, pelas 17h, já que o relógio não para de correr. Neste período, o Rio Grande do Sul arrecadou R$ 14 bilhões, 425 milhões e 900 mil, o que representa 5,67% do total da arrecadação do Brasil. Arroio do Meio arrecadou R$ 11 milhões neste período. Lajeado, 91 milhões; Estrela, R$ 22 milhões, Encantado, R$ 19 milhões.
Violência Crescente
Diante da vida e da morte, que ontem lembramos com homenagens aos nossos entes queridos finados, impossível não lançar um olhar sobre tantas pessoas inocentes que perdem e já perderam a vida nas recentes guerras e conflitos como é o caso da Ucrânia e Rússia e Hamas e Israel. Assim como ficamos chocados com as atrocidades provocadas pelo grupo terrorista Hamas e suas consequências é preciso prestar mais atenção à crescente violência no Brasil. Em vários territórios brasileiros, nas fronteiras, na região Norte e nos grandes centros a violência se instalou por conta de disputa de poder, embora menos noticiado. No Rio de Janeiro, um dos estados de maior violência, traficantes e milicianos, que surgiram há pelo menos 15 anos em combate e alternativa ao crime organizado – que foi negligenciado ou deixou de ser combatido pelo Estado, “o PIB do crime” cresce. No primeiro semestre, 1790 pessoas foram assassinadas, uma média de 10 por dia (17,3% a mais que no ano passado.)
O Rio de Janeiro não é retrato único desta violência, que foi negligenciada por muitos anos, na medida que politicamente não era conveniente se indispor contra estes grupos, que foram se armando mais que a própria polícia em alguns casos. O que preocupa é que muitas vezes estes grupos avançam e dominam territórios, tornando a população civil refém. Por que chegamos a este ponto em que muitas instituições jurídicas, políticas, que deveriam proteger o cidadão se omitem e focam sua atenção em outras agendas? A quem interessa o crime organizado? Porque o Estado perdeu o controle em muitas áreas? Diante do cenário que se apresenta no mundo e também no Brasil, a única certeza é de que precisamos cada vez mais de líderes capazes e comprometidos com o bem- -estar dos seus povos, não em teorias, mas com ações práticas.