Quando estará concluída a ponte da ERS-130, de responsabilidade da EGR e que incialmente havia sido prometida para estar concluída no Natal e agora tem nova data: 29 de março de 2025? Este prazo será cumprido? Na semana passada, o secretário estadual de Logística e Transporte Juvir Costella, diretor da EGR, Luis Fernando Vanacôr e representantes da Engedal estiveram nas margens da ponte caída, para justificar o atraso apontando entre outras causas, a questão climática, falta de mão de obra, readequação do projeto…e marcaram nova data para a conclusão da obra que é vital para a população regional para o fim de março de 2025. Promessa feita. Isto é fácil. O difícil é acreditar que a nova data será respeitada, porque não é de hoje que promessas são feitas e não cumpridas quando se trata de obras públicas na esfera estadual e federal. Temos inúmeros exemplos deste descaso, a exemplo das ligações asfálticas entre os municípios, promessas que foram sendo roladas por 30 anos ou mais.
Grande manifestação marcada para o dia 14
Integrantes do grupo que defendem a dragagem e desassoreamento dos rios e arroios como uma das soluções para amenizar as cheias e enchentes e que promoveram duas grandes manifestações em julho, uma em Arroio do Meio e outra em Muçum, estão se envolvendo na organização pacífica de nova manifestação no dia 14 de dezembro. Desta vez, pela aceleração da obra da ponte da ERS-130, cuja entrega é fundamental para a vida da população regional, não só de Arroio do Meio e Lajeado que fazem a divisa, mas para os municípios da região alta que usam a rodovia para ir à Capital e outras cidades. A obra cuja conclusão estava prevista até o Natal, é essencial para as empresas que dependem de uma logística viável e menos onerosa, é essencial para a vida de milhares de pessoas que acabam passando pelo estresse da lentidão do fluxo com a falta da ponte e perdem seu precioso tempo que é um ativo importante na composição dos custos, além de outros na rotina das empresas e entidades, como destacou Liselena Neumann. Há relatos de pessoas que já ficaram até três horas em horário de pico, esperando para concluir um trajeto de 20 minutos ou meia hora.
Apoio à manifestação
Está ocorrendo uma mega movimentação para levar o maior número possível de pessoas para esta manifestação dia 14 de dezembro, sábado à tarde, às 15h, no lado da ponte da ERS-130/Arroio do Meio. É uma manifestação para sinalizar que a população quer que este novo prazo seja cumprido. Na quarta-feira, por iniciativa dos vereadores de Arroio do Meio, sob a presidência de Rodrigo Kreutz, o assunto foi debatido e destacada a importância de unir forças, para pressionar que a empresa e governo cumpram o contrato. Estiveram presentes vereadores de Arroio do Meio, o prefeito Danilo Bruxel, vereadores de Lajeado, líderes políticos e empresariais e pessoas da comunidade. O vereador Paulo Backes foi enfático ao dizer que o assunto tem sido agenda e debate permanentes na esfera local pelo Executivo e Legislativo e questionou porque os deputados de todos os partidos que fazem votos aqui, ainda não se manifestaram sobre a urgência e necessidade da ponte. O vereador Vanderlei Majolo sugeriu que as entidades devem se unir mais e buscar força e apoio de outros municípios. Criticou que, por enquanto, Arroio do Meio e Lajeado arcam com as maiores responsabilidades, inclusive dos trechos que foram liberados para o uso da Ponte de Ferro, cujos acessos estão detonados e precisam de reparos frequentes por conta do grande fluxo de veículos. O prefeito Danilo Bruxel lembrou que já foram feitos pedidos, também promessas de que a EGR se comprometeria a auxiliar na manutenção, mas a promessa também não foi cumprida. O vereador César Kortz sugeriu que a audiência com o governador deve ser marcada logo após a manifestação do dia 14. André Vianini, líder do PL regional, se manifestou a favor de audiência diplomática com o Governador Eduardo Leite para seguir protocolo, mas, na medida em que as etapas da obra não forem sendo cumpridas, fazer manifestações em Porto Alegre em frente ao Piratini. Também disse que cada um tem compromisso de chamar gente para participar da manifestação do dia 14, com apoio de entidades empresariais, políticas, sem disputa de egos. Para preparar e organizar a manifestação pacífica, ontem à noite teve reunião na casa de Rejane Kerbes, uma das líderes do movimento que lamenta a demora e acredita que se a população não se unir, se as entidades civis e políticas locais e regionais não derem apoio, a conclusão da ponte da ERS-130 poderá demorar mais do que está sendo previsto.