Depois da reunião comunitária pela Construção de um Plano de Contingência na última terça-feira, com boa participação de público, o prefeito Sidnei enviou convites pelo WhatsApp para participar de outro debate público. O tema será FALTA DE MÃO DE OBRA E O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA. A reunião ocorre na ACISAM na terça-feira, dia 14, às 19h30min. A falta de mão de obra é problema recorrente em várias cidades do Brasil e por que não dizer no mundo. Há quem atribua ao excesso de benefícios sociais, que impactaria na falta de motivação para as pessoas se candidatarem a vagas formais. Entretanto, sabe-se que o problema é muito mais complexo e vem evoluindo nas últimas décadas, passando também por formatos de educação, evolução de tecnologias, valores, direitos, deveres. Parece que cada município e ou/região terão que avaliar dentro da sua realidade. Fazer as devidas triagens. Dar suporte e treinamento para promover uma inclusão mais produtiva será necessário. Quem assume os custos e responsabilidade do treinamento?
Venezuela: Maduro ou González
Os próximos dias serão tensos em termos políticos na América. Na Venezuela, a temperatura esquenta ainda mais hoje, dia 10 de janeiro, com a posse (?) de Nicolas Maduro que diz que venceu as eleições, validadas pelo TSJ do país. Embora várias nações reconheçam a vitória do ditador Maduro, inclusive o Brasil, outras nações veem o pleito como uma fraude eleitoral e consideram como verdadeiro eleito, em 28 de julho de 2024, o opositor Edmundo González Urrutia, um diplomata, que autoproclamado vitorioso estava exilado na Espanha. Ele foi retirado da Venezuela por uma ação militar precisa, no dia 8 de setembro, com ajuda do governo espanhol. A ação militar impediu que fosse preso pelo Exército de Maduro depois das eleições. A Venezuela, como se sabe, vive período difícil, há vários anos, destruída economicamente e sob censura. Mais de 7,7 milhões de venezuelanos saíram do país na última década. Cerca de 600 mil vivem no Brasil em busca de melhores condições. Outros países da América Latina como Peru, Chile e a Colômbia que acolheu mais de 1,2 milhões de imigrantes tiveram que desenvolver ajuda humanitária e de acolhimento. Muitos esperavam que com a “vitória” da oposição em julho poderiam retornar, porém a situação para os opositores do regime chavista por conta do Exército de Maduro piorou.
A volta de Urrutia para Caracas pode ampliar os conflitos bélicos tanto nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e outros países, quanto internos, o que já vem ocorrendo há mais tempo. A cidade brasileira que faz fronteira com a Venezuela é Pacaraima que tem cerca de 22 mil habitantes e fica a 1.278 quilômetros de Caracas, capital. Nos últimos dias, o presidente Maduro, cada vez mais acuado ofereceu um prêmio de 100 mil dólares a quem capturasse Edmundo González Urrutia, que teria vencido as eleições. Ele esteve no fim de semana passado na Argentina onde foi recebido pelo presidente Javier Milei e falou para uma multidão na Praça Rosada. Durante a semana, González se encontrou com outros presidentes, inclusive com Joe Biden, nos Estados Unidos e promete que vai assumir o governo. Lula que avalizou a eleição de Maduro não irá na posse do “amigo”, agora já não tanto, mas, enviou representante. Quem vai assumir? Ninguém sabe. É possível que quando o jornal saia já tenha informações atualizadas. É possível que Maduro se mantenha no poder mas a pressão interna e externa será cada vez maior contra a sua ditadura. Apesar de toda a distância que separa o Sul do Norte do Brasil, estes episódios políticos deverão intensificar o narcotráfico, guerrilhas e terrorismo, nas fronteiras e se ramificar pelo Brasil. González entre outros países tem apoio da União Europeia e a posse de Trump no dia 20 de janeiro trará novos impactos geopolíticos. Trump tentará neutra[1]lizar a força da Rússia e da China na América Latina.
8 de Janeiro
O Governo Lula, PT e movimentos sociais tentaram promover grandes atos para lembrar o dia 8 de janeiro, na quarta-feira. Segundo o site UOL, os principais movimentos sociais como MST, CUT tentaram convocar militantes e conseguir meios de transporte das cidades mais próximas, mas não obtiveram adesão desejada. Entre os atos comandados pelo governo foi o relançamento das obras degradadas, durante a invasão do dia 8 de janeiro de 2023. Outro ato foi a recolocação da obra “As Mulatas”, avaliada em R$ 8 milhões que foi danificada em sete pontos. Em outro evento teve debate entre os três poderes e Lula desceu a rampa para simbolicamente dar “O Abraço da Democracia”. Presidentes do Senado e Congresso não compareceram.
8 de Janeiro II
Em contraponto à “celebração” promovida pelo governo para consolidar narrativas, centenas de participantes dos atos que depredaram prédios públicos no dia 8 de janeiro depois da posse de Lula, continuam presos e não foram julgados. Alguns sequer entraram no prédio. Um dos focos por parte do STF são os que financiaram viagens. Até hoje ninguém sabe ao certo porque a segurança dos prédios do Palácio do Planalto feita pelo Batalhão da Guarda Presidencial não funcionou se estava sob o comando do novo governo através do GSI. Apesar de avisada sobre os atos, só compareceu e atuou quando a depredação já estava avançada. A culpa maior pela invasão dos Três Poderes foi atribuída ao governo do Distrito Federal.