O Dia das Mães será especial na casa da família Grassi, que reside em Palmas, Arroio do Meio. Será o primeiro Dia das Mães da bancária Natália Grassi, 28 anos. O filho Martin Grassi Cortelini, nasceu em 20 de março e encheu a casa de alegrias. “Dá até um pouco de ansiedade. Vai ser o primeiro Dia das Mães e quero guardar essa sensação de uma maneira especial, assim como venho guardando outras primeiras situações que envolvem o Martin”, conta.
Por mais que o bebê tivesse sido planejado por Natália e Fabiano, sua chegada também trouxe desafios, pertinentes aos pais. “A rotina muda totalmente. Começa com a gestação e depois, quando ele nasce, as mudanças são ainda maiores. Programação, especialmente de horários, não tem mais como fazer. Tudo passa a girar em torno dos horários dele”. Além disso, no início, há muitas dúvidas e incertezas. “Até descobrir o que é cada choro, se ele está com frio, com calor, se quer colo ou se está com fome, não é fácil. Nem tudo são flores na maternidade. Por mais que tu tenhas a ideia de como vai ser, só vai poder vivenciar, na prática, quando o bebê nasce, como a amamentação, por exemplo”, afirma, salientando que aos poucos cria-se uma rotina, o que facilita o dia a dia. “Agora ele já interage e tudo fica ainda mais gratificante. Cada dia é diferente”.
Os primeiros dias foram os mais difíceis. Muito também em função do pós-parto. Natália queria que o parto fosse normal, mas precisou fazer cesariana, o que exigiu mais cuidados na sua recuperação. “Aos poucos tudo vai se encaixando. O Martin é muito querido, saudável, calmo. Trouxe uma energia diferente. Tudo mudou na nossa casa depois da chegada dele. Deu outro sentido para o dia a dia da família toda”. E, por família, entende-se o casal e o bebê, os pais de Natália – Ernani e Mardi – a irmã Nicole e a bisavó materna do Martin, dona Elli. Apesar da família grande, a mãe diz que os demais estão respeitando muito o espaço do casal para que estes exerçam a maternidade e a paternidade de forma efetiva. “Até o vínculo entre nós, familiares ficou diferente, melhor. Mas é importante que eles estejam respeitando o nosso momento, porque o Martin é responsabilidade nossa e vai ser por toda a vida”.
Mãe de primeira viagem lembra da emoção que sentiu ao ter o filho nos braços pela primeira vez. “É algo totalmente diferente, mas muito emocionante. É meu, nasceu de mim. É bom ver que está tudo bem com ele, que é saudável. E é bem como dizem: quando nasce um bebê, nasce uma mãe. É uma emoção totalmente diferente, um amor indescritível, que começa quando se descobre a gestação e só vai crescendo. Mas ao mesmo tempo também dá um certo medo, principalmente no que se refere à educação. Se vamos saber educar da maneira certa”.
Para driblar a insegurança, Natália, busca muita informação. Quase dois meses depois de dar à luz, percebe que muitas informações úteis são negligenciadas às futuras mães. Por outro lado, há as que são repetidas e nem sempre podem ser postas em prática. “As opiniões vêm de todos os lados. Mas tem que filtrar e usar o que serve e descartar as demais. E nem tudo o que as pessoas dizem vale para todas as mães e ou bebês. Cada situação é diferente”, aponta.
Apesar das dúvidas, uma coisa já está clara: o tempo passa rápido. Por isso mãe e filho estão se curtindo ao máximo e, ao mesmo tempo, se descobrindo. “Quando ele está acordado pego muito no colo, brinco, converso. Quando se vê ele já vai ter seis meses e é a hora de ir para a escolinha. Então quero aproveitar bem esse período com ele”.
Por mais que o cansaço se instale, especialmente pelas noites com sono interrompido a cada três ou quatro horas, Natália sabe que tudo vale a pena. Realizou o sonho de ser mãe e valoriza, como nunca, um pequeno sorriso. “Um sorriso dele basta para saber que tudo vale a pena. Se ele está bem também estou”.